BYD Dolphin é o novo Flipper, o golfinho elétrico!
Que tal conhecer o BYD Dolphin no detalhe?
Aqueles que têm me acompanhado ao longo do tempo conhecem bem o meu carinho e profundo apreço pelo mundo dos automóveis e das corridas.
É inegável que, ao longo da história, os automóveis desempenharam um papel disruptivo de grande impacto na sociedade como um todo.
Os automóveis deram origem a heróis, trouxeram inovação e progresso aos cantos mais áridos e inóspitos do planeta, levaram a palavra do homem a todos os continentes e levaram saúde e bem-estar a lugares outrora assolados pela seca e pela falta de alimentos, entre outros desafios.
Além disso, os automóveis se tornaram celebridades por direito próprio, como o icônico “Herbie” de Walt Disney, no filme “Se Meu Fusca Falasse” ou o inesquecível “General Lee” da série “Os Gatões”.
Um pouco da história dos automóveis
Ao longo do século 20, eles desempenharam um papel fundamental na moldagem da nossa sociedade, proporcionando mobilidade a pessoas de todo o mundo moderno e impulsionando inúmeros avanços tecnológicos.
A história dos automóveis é repleta de curiosidades e transformações notáveis.
Pense, por exemplo, na história de Bertha Benz, uma verdadeira desbravadora que, no dia 5 de agosto de 1888, decidiu pegar o Benz Patent-Motorwagen e sair de casa, sem contar ao marido e sem a permissão das autoridades.
Com seus filhos, Eugen e Richard, ela dirigiu de Mannheim até Pforzheim, percorrendo uma distância de aproximadamente 105 km.
O que ela talvez não soubesse naquela época é que essa viagem estava prestes a mudar o mundo para sempre.
De tempos em tempos, nos vemos imersos em momentos de transformação, como o que vivenciamos atualmente no Brasil, neste século 21.
Inovação Elétrica no Brasil
O nosso país possui uma matriz energética limpa, com a maior parte de nossa energia elétrica originando-se de usinas hidrelétricas, uma usina nuclear e a crescente adição de usinas eólicas e solares em todo o vasto território.
Isso nos confere uma abundância de energia renovável com baixa emissão de CO2, tornando o Brasil um local ideal para veículos elétricos.
Nesse contexto, a fabricante chinesa BYD está dando início à produção de veículos elétricos no Brasil, um marco na nossa indústria e história.
A junção de uma matriz de energia limpa com veículos que não emitem CO² representa um avanço significativo. Isso é um marco que merece destaque e incentivo, tanto por parte do governo quanto de todos nós.
Em paralelo a essas transformações, a EZVolt foi pioneira na criação de espaços públicos de recarga para veículos elétricos em todo o território nacional.
E como resultado, a Vibra Energia se uniu à EZVolt para contribuir com a transformação energética no Brasil.
Testando o BYD Dolphin
Nesse contexto, decidimos experimentar o veículo da BYD, o BYD DOLPHIN.
O Hatch que a empresa já está vendendo versões importadas no Brasil por R$150.000,00 reais e agora terá produção nacional.
Esperamos que a produção nacional chegue num valor próximo para concorrer com ONIX, Polo, ARGO etc.
E assim popularizar ainda mais o carro elétrico em nosso país.
O fator preço é a única barreira que está atualmente impactando nas vendas de veículos 100% elétricos, pois o consumidor quer possuir o automóvel do século 21 e fazer parte dos esforços mundiais para um mundo melhor.
Agora que estamos a bordo do DOLPHIN da BYD, vamos apresentá-lo. Começando pelo nome, que, quando traduzido, significa “Golfinho”.
Um nome charmoso e tem sua origem nos primeiros protótipos do carro, pintados na cor azul e a trazer diversos elementos estéticos que lembram o oceano e golfinhos, assim, o nome Dolphin foi escolhido.
Sabendo disso, agora vou chamar nosso BYD de avaliação pelo nome Flipper. Para quem não se lembra do Flipper, ele era o golfinho amigo do seriado e de alguns filmes longa metragem.
O Time de Design contou com 2 dos principais Designers de automóveis do mundo na atualidade, Wolfgang Egger e Michele Paganetti.
A plataforma deste automóvel é a inovadora Plataform 3.0 que tem a distância entre eixos de 2.7 metros o que criou um veículo com um amplo espaço interno, de forma a privilegiar os passageiros do banco de trás com mais espaço.
Um dos pontos de destaque seguindo as palavras da BYD é sua bateria que pode ser recarregada de forma simples. Utilizando um adaptador é possível usar até uma tomada comum de 127 ou 220V.
Já nos carregadores de média e alta potência a bateria do Dolphin pode ir de vinte a oitenta por cento de carga em menos de meia hora.
No entanto, o nome é apenas o começo do diferencial deste carro. O nosso Flíper é o Dolphin Diamond um hatch movido por um motor elétrico e um conjunto de baterias.
Detalhes técnicos do BYD Dolphin (Flipper)
Embora possa parecer compacto por fora, seu espaço interno é surpreendentemente amplo, comparável ao de um sedan médio, como o Toyota Corolla. O motor produz uma potência de 95 cv e torque de 18,3 kgfm.
Além disso, a bateria tem uma capacidade de 44,9 kWh, proporcionando uma excelente autonomia de quase 300 km na cidade, a BYD alega que o carro é capaz de rodar por 400km.
Existe recém lançado uma versão esportiva do Dolphin que é denominada por Plus que traz um propulsor de 204 cv estou ansioso para avaliar esta versão.
Em termos de desempenho, o Dolphin Diamond acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos, atingindo uma velocidade máxima de 150 km/h.
Quanto à sua velocidade final, é verdade que em comparação com tradicionais hatches esportivos, como o POLO GTS, o Dolphin fica um pouco atrás, uma vez que o POLO GTS é capaz de ultrapassar os 200 km/h.
É importante observar que a velocidade final é um aspecto a se considerar.
Afinal um hatch com tecnologia de uma era já em seu ciclo final à venda no mercado na mesma faixa de preço ultrapassa facilmente o Dolphin.
E já que estamos falando de velocidade é válido lembrar que a velocidade caminha ao lado da segurança passiva e ativa e o Dolphin neste quesito é campeão pois ele atingiu as tão sonhadas 5 estrelas do rigoroso teste Euro NCAP.
Entretanto, no Brasil, a rodovia com a velocidade mais elevada é a Autoban, no interior de São Paulo, onde é permitido atingir até 130 km/h.
Pessoalmente, compartilho da opinião de que a velocidade por si só não é a única responsável por acidentes fatais.
Muitos fatores contribuem para a ocorrência de acidentes, e a Alemanha é um exemplo disso, sendo o país onde a Autobahn possui trechos de velocidade livre, sem limites, e ainda assim, mantém baixas taxas de mortalidade no trânsito.
Essa é uma discussão que merece um espaço dedicado em outra ocasião.
Espaço de sobra no BYD Dolphin
Agora, voltando ao Dolphin da BYD, o nosso Fliper, no que diz respeito ao seu design, o hatch tem a típica aparência de um monovolume de proporções modestas, o que pode enganar quanto ao seu espaço interno.
Mas apesar de seu tamanho externo compacto, ele oferece um espaço interno surpreendentemente generoso, externamente é um pouco maior que um FORD KA.
Pode até lembrar os minivans dos anos 90 por conta da sua frente em um único volume, e me remeteu a dois VW que foram protótipos o FUTURA e o CHICO.
O conjunto ótico dianteiro é moderno, embora um pouco desajeitado em proporção, enquanto o grupo ótico traseiro é mais equilibrado e elegante.
O time de Design no que se refere ao acabamento interno, é notável a qualidade do interior. Apresenta um padrão de superfícies texturizadas e acabamentos de toque suave, lembrando carros de segmentos superiores.
O couro é abundantemente utilizado em todo o interior, embora na versão que nos foi cedida, ele seja de cor branca e contenha frisos laranja, o que, na minha opinião, pode gerar algumas dúvidas quanto ao gosto do consumidor brasileiro.
Entretanto, esses são ajustes que a BYD poderá fazer com a entrada e produção de veículos em território nacional, de modo a melhor atender às preferências locais.
Painel com tela giratória de 10.3″
O painel merece destaque com sua tela imensa de 10.3″, que ainda possui o requinte de poder ser girada, proporcionando as opções horizontal ou vertical.
O cluster à frente do motorista é compacto e discreto, com fácil leitura. O volante é bonito, de toque agradável e possui um tamanho adequado.
A posição de dirigir do Dolphin é notável, assemelhando-se à de um SUV, com o banco mais alto e um painel que oferece uma mesa ampla à frente do motorista.
No entanto, um aspecto peculiar é o design de color e trim, que incorporou frisos laranja de grande destaque por toda a carroceria e interior.
Isso pode tornar o conjunto um pouco fora do gosto dos brasileiros, mas é importante lembrar que no Brasil, o preço é frequentemente o fator decisivo para os consumidores.
Se o preço for competitivo, muitos estão dispostos a abrir mão de alguns elementos estéticos. Soubemos que a versão Plus recém lançada não tem mais os frisos laranjas e o tecido branco.
Os automóveis elétricos atualmente ainda carecem de autonomia elevada, porém o Dolphin já largou na frente, com uma moderna Bateria Blade, esse BYD eleva a questão da autonomia a outro patamar pois já encosta nos veículos a combustão interna.
E quanto ao tempo de recarga por conta da tecnologia empregada na Blade, é possível variar a carga da bateria de 20% à 80% em menos de 30 minutos, outro ponto a favor do Dolphin.
Quanto aos dispositivos de condução semi autônomos, eles estão presentes no Dolphin, como em qualquer carro moderno.
Nem tudo é perfeito
Um ponto que nos deixou a desejar foi o funcionamento do ar condicionado que em algumas situações percebemos o compressor desativado e o conjunto estivesse funcionando apenas na ventilação.
Não sei se isso é um recurso do modo ECO, pois todas as vezes em que percebemos isso o carro rodava no modo ECO.
Mostrando assim que nem tudo é perfeito e há espaços para melhorar o Dolphin.
Em relação às rodas e pneus, o Dolphin ostenta um belo conjunto de rodas de liga leve com aro 17, equipadas com pneus 205/50 R17.
Quanto aos freios, o Dolphin apresenta um sistema a disco nas quatro rodas, com discos dianteiros ventilados, além de contar com assistência de freios ABS. Isso assegura uma capacidade de frenagem eficaz e segura.
No que diz respeito à suspensão, a configuração é a seguinte: a suspensão dianteira é do tipo McPherson, com barra estabilizadora, roda independente e molas helicoidais.
A suspensão traseira é do tipo eixo de torção, com roda tipo semi-independente e molas helicoidais.
Essa configuração proporciona ao hatch um comportamento dinâmico atraente, com boa estabilidade e aderência nas curvas.
Entretanto, ao rodar com o veículo, pude notar que a traseira apresenta uma leve tendência a quicar em determinadas situações. É possível que uma recalibração da suspensão seja necessária para melhor se adequar ao gosto e às condições de nossas estradas brasileiras.
É importante destacar que o centro de gravidade deste veículo é notavelmente baixo, em grande parte devido à distribuição de peso que coloca o conjunto de baterias no assoalho do carro.
Essa configuração resulta em um centro de gravidade mais baixo em comparação com veículos a combustão tradicionais.
Esse fator tem impactos positivos no desempenho do automóvel, melhorando a aceleração lateral e praticamente eliminando a torção da carroceria em curvas de raios longos.
No entanto, em curvas de raios curtos, o carro pode apresentar alguma oscilação na carroceria para os lados.
Além disso, em frenagens, a frente do veículo tende a mergulhar para baixo, enquanto nas acelerações, a frente se levanta, embora em proporções menores em comparação com veículos de centro de gravidade mais alto.
Em relação à observação anterior sobre a recalibração da suspensão, acredito que tal ajuste poderia contribuir para uma experiência de condução ainda mais agradável, minimizando as oscilações da carroceria em curvas curtas e melhorando a estabilidade em frenagens e acelerações.
‘One pedal drive’
Uma diferença notável que observei enquanto guiava o Dolphin em comparação com outros veículos elétricos é que, ao tirar o pé do acelerador, o carro continua a rolar de forma suave.
Essa manobra é conhecida por “one pedal drive“, quando o motorista habituado a guiar carro elétrico dirige com apenas um pé, isso é claro para quem já guia carros elétricos.
Ele rola quase como se estivéssemos dirigindo um veículo a combustão. Em outros carros elétricos que tive a oportunidade de dirigir, ao tirar o pé do acelerador, o veículo começava a oferecer resistência, quase como se estivesse freando imediatamente.
Essa característica pode agradar a alguns e desagradar a outros, dependendo das preferências individuais.
Outro ponto de destaque é o zumbido emitido pelo carro ao iniciar o movimento. Esse ruído é uma exigência legal para veículos elétricos e tem o propósito de alertar os pedestres de que o veículo está em movimento.
E aí, o que você achou do novo golfinho elétrico? Deixe sua opinião nos comentários.
Mas se você já possui um veículo elétrico, pode contar com o Easy Volt App para localizar os eletropostos mais próximos e recarregar seu carro de um jeito fácil e prático.
Esses novos carros chineses, estão vindo com tudo e mais um pouco, contra os concorrentes!!
Felpe Veríssimo, Obrigado por estar aqui lendo e comentando.
Sim o universo eletrificado é dos Chineses.
Os carros Chineses no mundo inteiro vieram para atender a uma demanda crescente por carros elétricos.
Eles são Bons?
Sim são muito bons!
Grande abraço espero lhe ver aqui lendo e comentando na próxima matéria.
Parabéns, excelente análise do golfinho, comprei um tem uma semana e estou gostando muito, tinha um Corolla e realmente o espaço interno é muito bom, até melhor que o Corolla, perder só no espaço do porta malas, pois do Corolla é muito maior. Também senti o ar condicionado parando de funcionar, senti calor, também não sei se foi por causa do modo Eco, pois tem que andar nele para amaciar o motor. Grande abraço